quarta-feira, 23 de maio de 2012

Enfermagem: mais que uma profissão, um DOM


“A enfermeira deve saber-saber, saber-fazer, saber-ser e saber-conviver, no qual o afeto se insere. A demonstração de afeto é identificada como sendo uma forma de expressão do cuidado que envolve o amor, carinho e amizade, que são formas de atenção para com o outro e para o que se faz”. São com essas palavras que as enfermeiras Betina Bencke Marques e Simone Aparecida Ceconi, do Residencial Geriátrico Praia dos Amores, explicam como são realizadas as suas tarefas.

Simone é formada há 15 anos e trabalha há quatro no residencial. Já Betinha formou-se em 2008 e está há dois na enfermagem da casa. Ambas desenvolvem com carinho e paciência suas funções, que vão desde coordenar, gerenciar e fazer o serviço de educação continuada. “Cuidamos da higiene e conforto, alimentação e bem estar físico e psíquico-social de cada idoso. Isso engloba medicação, conversação com a família, acompanhamento na visita do médico. Na nossa profissão vivenciamos da concepção até a morte”, esclarecem.

As profissionais cuidam dos idosos que possuem diversas enfermidades, principalmente Alzheimer, doença essa que compromete o cérebro e provoca esquecimento nos pacientes.

As enfermeiras cumprem seis horas diárias de segunda a sexta-feira e 48 horas nos finais de semana. De acordo com elas, é preciso ter o conhecimento cientifico, mas principalmente o ‘dom de cuidar’. “Quem trabalha com gente tem que ser ‘gente’ e gostar de ‘gente’”, ressalta Betina. Simone enfatiza, justamente, que a dificuldade é encontrar pessoas com ‘competência’ para trabalhar na área.

Ainda segundo elas, “o cuidar não é uma tarefa ou uma relação fácil, é uma via de mão dupla, onde um e o outro são continuamente desafiados ao ensino, à aprendizagem, à negociação e ao diálogo conscientizado. São estes quesitos que trazem novas perspectivas para a qualificação da vida”, lembram.

Para Betina, a maior dificuldade no trabalho é aceitar a condição em que o idoso chega ao residencial, e na visão de Simone, é de encontrar profissionais qualificados e que gostem de trabalhar com a terceira idade. Já as alegrias e satisfações? São muitas, segundo as enfermeiras.

Betina frisa que ao ouvir todos os dias quando chega ao trabalho as seguintes palavras: “Bom dia, que bom que você veio”, lhe recompensa indescritivelmente. Simone concorda com a colega e enaltece o idoso: “Eles valorizam o que fizemos para eles, e tornamo-nos pessoas melhores quando fazemos aos outros o que gostaríamos que fizessem em todo o mundo”, ressalta. 



Um comentário:

  1. Admiro muito a profissão de ENFERMAGEM!! Todos nós já precisamos e vamos precisar sempre do carinho, atenção e competência de uma delas!!

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